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Compulsão Alimentar.

  • pripsico
  • 11 de out. de 2024
  • 2 min de leitura




Para compreender a origem da compulsão alimentar, é fundamental entender as vias de recompensa do cérebro.

Alimentos altamente palatáveis atuam diretamente nessas vias, liberando grande

quantidade de dopamina, que reforça a busca por prazer através da comida.

A hiper estimulação dos neurônios dopaminérgicos leva a uma sensação de prazer descontrolada, desestabilizando o sistema de recompensa, que passa a não responder a estímulos cotidianos. Atividades simples, como conversar com amigos ou comer pequenas quantidades, perdem a capacidade de gerar prazer.

 

 

Critérios Diagnósticos de Compulsão Alimentar:

 

- Comer em excesso por um curto período, por exemplo 2 horas, com quantidade muito maior do que a maioria das pessoas consumiriam no mesmo período.

- Sensação de perda de controle durante o episódio, não conseguir parar de comer.

-  Comer mais rápido que o normal.

- Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.

- Comer grande quantidade de comida mesmo sem fome.

- Ter grande sofrimento em virtude da compulsão.

- Episódios ocorrem em média uma vez por semana durante três meses.

 

 

A compulsão alimentar pode se manifestar em diferentes níveis de gravidade, variando de leve a extrema, dependendo da frequência dos episódios. Para ser considerado um transtorno, os episódios devem ter uma frequência e intensidade e causar grande sofrimento.

Esse transtorno impacta profundamente na qualidade de vida, levando a pessoa a evitar situações sociais por medo de perder o controle da sua alimentação na frente de outras pessoas.

É importante diferenciar a compulsão alimentar do exagero alimentar. Quando eu vou em um rodizio de pizza e como 10 pedaço. EU posso sentir o desconforto no estomago, mas não há, como no caso da compulsão, um sofrimento significativo e um sentimento de perda de controle.

A compulsão alimentar pode começar com um alimento gostoso como um chocolate, acabando as opções saborosas ele para na frente da geladeira e come a comida fria, ali parada na porta e em casos extremos ele pode comer comida do lixo.

 

 

Tratamento:


O tratamento mais eficaz envolve as Terapias Cognitivos-Comportamentais (TCCs), com destaque para a Terapia Comportamental Dialética (DBT).

A DBT foca na relação entre a desregulação emocional e a compulsão alimentar, reconhecendo que a comida está sendo utilizada como uma estratégia para aliviar emoções difíceis. ensina o paciente a tolerar e manejar as emoções de maneira mais saudável, sem recorrer à comida. Sem pensamento 8 ou 80. Faço toda alimentação certinha ou não faço nada certo e como tudo que vier pela frente.

Durante o tratamento, o paciente é incentivado a identificar e explorar outras fontes de prazer e bem-estar, como leitura, música, atividades físicas e meditação. O processo terapêutico inclui a aceitação das emoções, sem a necessidade de reprimi-las ou evitá-las.

O tratamento começa com a psicoeducação sobre o transtorno alimentar, entendendo que na compulsão existe uma desregulação a nível cerebral não é por força de vontade, como eles chegam falando no consultório.

Por isso o tratamento de um transtorno alimentar precisamos de uma equipe especializada, com nutricionistas que entendam da parte comportamental, que entendam que uma dieta muito restritiva vai piorar a situação do paciente. Assim como um psicólogo que não entende de transtorno alimentar pode reforçar que o tratamento depende apenas da força de vontade do paciente.

 
 
 

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